Suprema Corte dos EUA pode apoiar pais que buscam excluir filhos de aulas LGBT

O governo de Donald Trump deu apoio aos pais na ação.


A Suprema Corte dos Estados Unidos parece inclinada a decidir a favor de pais cristãos e muçulmanos no estado americano de Maryland, que buscam manter seus filhos do ensino fundamental fora de certas aulas que abordam livros de histórias com personagens LGBT. O caso, que envolve a interseção entre religião e direitos LGBT, foi debatido pelos nove juízes em uma audiência na terça-feira (22). Os pais, que incluem muçulmanos, católicos romanos e ortodoxos ucranianos, argumentam que a política escolar do Condado de Montgomery de proibir a opção de não participação viola a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que garante o livre exercício da religião. O governo de Donald Trump deu apoio aos pais na ação.

A Suprema Corte, com uma maioria conservadora de 6-3, tem ampliado os direitos religiosos nos últimos anos, incluindo casos envolvendo pessoas LGBT. Vários juízes demonstraram simpatia pelas alegações dos pais, que afirmam que a falta de opção para excluir seus filhos das aulas prejudica suas crenças religiosas. No entanto, os três juízes liberais expressaram preocupações sobre as implicações de uma possível decisão favorável, questionando até que ponto as exceções poderiam se expandir para outros conteúdos educacionais, como evolução, casamento inter-racial e mulheres no mercado de trabalho.

Em 2022, o distrito escolar de Montgomery introduziu livros com personagens LGBT em seu currículo de Língua Inglesa para refletir a diversidade local. Embora os livros não tratem diretamente de questões de gênero ou sexualidade, o distrito permitiu a exclusão de unidades sobre educação sexual. A Suprema Corte, agora, considera se o caso deve ser reexaminado ou se uma decisão mais ampla será tomada.