Comando Norte dos EUA prepara 500 fuzileiros navais para conter tensões em Los Angeles

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, declarou no sábado que tropas da ativa poderiam ser destacadas caso a instabilidade prosseguisse.


Cerca de 500 fuzileiros navais da ativa foram colocados em “status de preparação para mobilização”, segundo o Comando Norte dos Estados Unidos (NORTHCOM), enquanto continuam os protestos contra as recentes operações federais de imigração em Los Angeles.

Os militares, baseados no Centro de Combate Aéreo e Terrestre do Corpo de Fuzileiros Navais em Twentynine Palms, Califórnia, ainda não receberam ordens formais, mas permanecem de prontidão. “Eles ainda não foram mobilizados, mas podem ser enviados se a situação exigir”, afirmou o coronel Cedric Leighton, analista militar da CNN.

A destruição nas ruas da cidade no domingo pode motivar o envio imediato, caso os distúrbios se intensifiquem. Até o momento, o presidente Donald Trump já federalizou 2.000 soldados da Guarda Nacional da Califórnia, mesmo diante da oposição de autoridades locais.

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, declarou no sábado que tropas da ativa poderiam ser destacadas caso a instabilidade prosseguisse. A possibilidade de empregar militares federais contra a vontade do governo estadual representa uma significativa escalada nas ações da Casa Branca.

O governador Gavin Newsom solicitou formalmente que o Departamento de Defesa reverta o controle da Guarda Nacional ao estado. Em carta enviada a Hegseth, o governador afirmou que a medida federal “pode agravar gravemente a situação”. Newsom também escreveu no X: “Não tínhamos problemas até Trump se envolver”.

Durante os protestos do fim de semana, houve confrontos entre manifestantes e agentes da Guarda Nacional, ICE e do Departamento de Segurança Interna. Policiais foram flagrados agredindo manifestantes com cassetetes em meio à intensificação dos protestos.

A ex-vice-presidente Kamala Harris criticou a mobilização, classificando-a como “perigosa” e parte de uma agenda “cruel” da administração Trump. Harris, que avalia disputar o governo da Califórnia, afirmou: “Protestar é essencial na luta por justiça”.