Trump impõe proibição de entrada nos EUA a cidadãos de 12 países nesta segunda-feira

Autoridades e cidadãos dos países afetados reagiram com indignação.


A nova ordem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que veta a entrada de cidadãos de 12 países, entrou em vigor às 00h01 (horário de Brasília) desta segunda-feira (9). A medida, segundo o governo, tem como objetivo proteger o país contra “terroristas estrangeiros”.

A proibição afetou os cidadãos do Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Outros sete países — Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela — sofreram restrições parciais.

Trump afirmou que os países com restrições mais severas “abrigam terroristas em larga escala”, apresentam falhas na verificação de identidade de viajantes, registros criminais precários e altas taxas de permanência além do prazo de visto. A decisão também apontou para a falta de cooperação desses países com os sistemas de segurança dos EUA.

O presidente americano citou como exemplo o ataque ocorrido no último domingo (1°), em Boulder, no Colorado, onde um cidadão egípcio lançou uma bomba de gasolina contra manifestantes pró-Israel. O Egito, no entanto, não foi incluído na nova lista.

Autoridades e cidadãos dos países afetados reagiram com indignação. O presidente do Chade, Mahamat Idriss Déby Itno, declarou que o país deixará de conceder vistos a cidadãos americanos em retaliação. “O Chade não tem aviões para oferecer nem bilhões para doar, mas tem sua dignidade e seu orgulho”, afirmou nas redes sociais, em aparente referência ao Catar.

Afegãos que trabalharam para os EUA demonstraram temor de represálias do Talibã, caso sejam obrigados a retornar ao país. Parlamentares democratas também condenaram a decisão. “A proibição de Trump é draconiana e inconstitucional. As pessoas têm direito de buscar asilo”, declarou o deputado Ro Khanna, democrata da Califórnia.