O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a se colocar como possível candidato à Presidência da República em 2026, caso o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não possa disputar o pleito.
Em entrevista à revista Veja, Eduardo afirmou que aceitaria a missão de se candidatar, caso fosse designado por Jair Bolsonaro. “Obviamente, se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir”, declarou. Ele também se disse satisfeito por ver seu nome citado em pesquisas eleitorais, mas reiterou que, em uma “democracia normal”, o candidato natural seria o ex-presidente.
Sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também apontado como possível nome da direita para 2026, Eduardo afirmou que o foco do ex-ministro de Bolsonaro é tentar a reeleição no estado, mas ressaltou que a decisão caberá exclusivamente a Jair Bolsonaro. “Eu não sou dono da vontade de Jair Bolsonaro. Quem vai dizer o candidato hoje é ele. Ainda acho que Jair Bolsonaro poderá se candidatar, até porque ele está inelegível por motivos esdrúxulos”, afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de Michelle Bolsonaro disputar o Planalto, Eduardo mencionou a baixa rejeição da ex-primeira-dama e seu apelo entre mulheres e evangélicos, mas reafirmou que a escolha caberá ao pai. “Acho que vai ser difícil tirar dele a possibilidade de concorrer”, declarou.
Segundo fontes, aliados de Eduardo Bolsonaro já dão como certa sua permanência nos Estados Unidos, onde ele poderá articular uma campanha à distância. A mudança ocorreu em março, com o deputado alegando perseguição política e temor de ter o passaporte apreendido. À época, ainda não havia investigação contra ele. Posteriormente, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a abertura de um inquérito.
Em dezembro, durante a CPAC em Buenos Aires, Eduardo já havia declarado que poderia ser o “plano B” da direita, caso Jair Bolsonaro ficasse fora da disputa.
Na sexta-feira (30), em evento em Fortaleza, o ex-presidente Bolsonaro voltou a se colocar como candidato para 2026 e afirmou que vencerá a eleição com o apoio do presidente dos EUA, Donald Trump. Ele também defendeu a permanência do filho nos EUA, dizendo que, caso estivesse no Brasil, estaria preso.
