Em um evento promovido pelo Citi no Museu de Arte Moderna (MoMA) em Nova York, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, emergiu como figura de destaque entre CEOs e investidores que representam uma parcela expressiva do PIB brasileiro. A ocasião, que integrou a Brazil Week, foi marcada por sua participação como principal orador na terça-feira (13), onde demonstrou conhecimento aprofundado sobre política fiscal e economia brasileira.
Ao comentar sua apresentação à Bloomberg News, Tarcísio declarou: “Falei como um brasileiro”. No entanto, sua presença e seu discurso foram interpretados como uma possível estreia na corrida presidencial de 2026. Questionado diretamente sobre essa possibilidade, o governador preferiu não responder, mas o silêncio não foi suficiente para conter as especulações sobre seu futuro político.
Fontes consultadas pela The São Paulo News confirmam que Tarcísio foi o principal nome da Brazil Week. Para muitos presentes, ele é visto como o único político com capacidade real de enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. Executivos destacaram sua postura acessível e segura, além de seu alinhamento com pautas de disciplina fiscal, o que agradou o setor empresarial.
Durante a visita a Nova York, Tarcísio participou de ao menos três eventos organizados por grandes bancos. Em suas falas, abordou temas nacionais, demonstrando domínio sobre o orçamento federal e defendendo reformas econômicas, comparando o Brasil à Argentina e citando os avanços recentes sob o governo de Javier Milei.
A trajetória de Tarcísio, marcada por privatizações e ajustes fiscais, reforça sua imagem de político pró-mercado, o que desperta otimismo entre investidores. Em contraste, o governo Lula enfrenta críticas pelo crescimento do déficit público e pela inflação elevada, que levou o Banco Central a aumentar os juros para o maior nível em quase duas décadas.
Apesar de não anunciar oficialmente seus planos, três fontes que participaram de reuniões privadas com Tarcísio afirmam que ele tem interesse em disputar a presidência. Contudo, para isso, precisaria deixar o governo de São Paulo até abril de 2026.
Enquanto Tarcísio evita alimentar publicamente as especulações, o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu antigo aliado, permanece ativo na política, mesmo inelegível. Embora Bolsonaro siga como a figura mais influente da direita, sua situação jurídica e seu controle sobre o eleitorado conservador podem influenciar o caminho de Tarcísio.
No cenário atual, analistas avaliam que Tarcísio se destaca como uma opção viável para o mercado e para o campo conservador, especialmente em um contexto de incertezas econômicas e políticas que marcam o governo federal.