A capital ucraniana, Kiev, e diversas regiões do país foram alvo de um ataque aéreo de grande escala realizado pela Rússia neste domingo (25), resultando em pelo menos 12 mortos e dezenas de feridos. Autoridades ucranianas classificaram a ofensiva como a maior desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Segundo Yuri Ihnat, porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, o país foi atingido por 367 drones e mísseis, número que representa o maior ataque individual já registrado durante o conflito. Do total, 69 eram mísseis de diferentes tipos, e 298, drones — entre eles, equipamentos Shahed de fabricação iraniana.
O bombardeio ocorreu horas antes de uma nova troca de prisioneiros de guerra entre Kiev e Moscou. O Ministério da Defesa da Rússia informou que 303 soldados foram repatriados por cada lado neste domingo. No sábado, 307 combatentes e civis foram libertados, e na sexta-feira, 390 — configurando a maior troca desde o início da guerra.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou o retorno dos prisioneiros, afirmando que os libertados pertenciam às Forças Armadas, Guarda Nacional, Serviço de Guarda de Fronteira e Serviço de Transporte Especial. A troca faz parte de um acordo firmado em Istambul no início do mês, quando representantes de ambos os países se encontraram pessoalmente para negociações de paz. A troca de prisioneiros foi o único avanço concreto do encontro.
Zelensky lamentou os ataques, especialmente por terem ocorrido no Dia de Kiev, celebrado no último domingo de maio. Segundo ele, os mísseis e drones atingiram mais de 30 cidades e vilarejos, entre eles Zhytomyr, Khmelnytsky, Ternopil, Chernigov, Sumy, Odessa, Poltava, Dnipro, Mykolaiv, Kharkiv e Cherkasy.
“O silêncio dos Estados Unidos e de outros apenas encoraja Putin”, declarou Zelensky. Ele voltou a cobrar sanções mais severas contra Moscou.
Por outro lado, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter abatido 110 drones ucranianos durante a noite anterior.
