O Papa Leão XIV, primeiro pontífice norte-americano da história, presidiu neste domingo (18) sua missa inaugural na Praça de São Pedro, em Roma. Sob o sol da capital italiana, dezenas de milhares de fiéis e diversos líderes mundiais acompanharam a cerimônia, que oficializou sua liderança à frente de 1,4 bilhão de católicos. Entre os presentes estavam o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e os primeiros-ministros Mark Carney, do Canadá, e Anthony Albanese, da Austrália.
Durante a homilia, Leão XIV, que sucede o Papa Francisco, falecido em abril, destacou o compromisso com a paz em regiões conflagradas, como Ucrânia, Gaza e Mianmar. Ele afirmou que sua missão é manter a Igreja fiel à sua vocação de evangelização e promover a inclusão. “Nunca se trata de capturar os outros pela força, pela propaganda religiosa ou por meio do poder, mas pelo amor”, declarou.
A presença de J.D. Vance chamou a atenção, especialmente após a relação tensa entre o Vaticano e alguns setores conservadores da Igreja nos Estados Unidos. Quatro semanas antes, o então Papa Francisco havia criticado publicamente as posições do vice-presidente americano em relação à imigração. Leão XIV, no entanto, manteve o tom conciliador, cumprimentando Vance e Zelensky, com quem se reuniria ainda neste domingo.
O novo pontífice, nascido Robert Francis Prevost em Chicago, adotou o nome Leão XIV e expressou, desde sua eleição, preocupações com temas globais, incluindo o impacto da inteligência artificial e a necessidade de soluções pacíficas para conflitos. Em sua primeira aparição pública após a eleição, ele reforçou a mensagem de paz, conclamando os fiéis a rezarem por aqueles que sofrem com as guerras.
Antes da missa, o Papa percorreu a Praça de São Pedro em seu papamóvel aberto, saudando a multidão, estimada em 200.000 pessoas. O Vaticano estabeleceu limites para a entrada na praça, em medida preventiva para garantir a segurança dos presentes.
