Nesta segunda-feira (12), as ações dos Estados Unidos registraram forte alta, adicionando US$ 2,2 trilhões ao mercado, após um avanço nas negociações comerciais entre EUA e China. O acordo alcançado no fim de semana, na Suíça, resultou na redução temporária de tarifas entre os dois países, alimentando o otimismo dos investidores e afastando temores de uma recessão econômica.
O índice Dow Jones subiu 1.160,72 pontos, ou 2,81%, encerrando o dia em 42.410,10. Já o S&P 500 avançou 3,26%, fechando em 5.844,19, acumulando ganho superior a 20% desde sua mínima em abril. O Nasdaq Composite, focado em tecnologia, teve alta de 4,35%, atingindo 18.708,34 pontos, impulsionado por ações como Tesla e Apple.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, descreveu as negociações com a China como “muito produtivas”. Segundo ele, os EUA reduziram as tarifas sobre produtos chineses para 30%, enquanto a China diminuiu as tarifas sobre importações americanas para 10%. Bessent indicou que novas reuniões estão previstas para as próximas semanas, visando um acordo mais amplo.
As ações de empresas com forte exposição ao mercado chinês foram destaque. A Tesla subiu quase 7%, enquanto Apple e Nvidia avançaram 6% e 5%, respectivamente. Varejistas como Best Buy e Dell Technologies também se beneficiaram, com altas de 6% e 8%, enquanto a Amazon registrou ganho superior a 8%.
Jeff Kilburg, CEO da KKM Financial, destacou que “os mercados estão se recuperando porque os investidores estão surpresos com a velocidade do progresso do acordo de tarifas comerciais chinês”.
O acordo surge após meses de tensões entre Washington e Pequim, intensificadas em abril, quando os EUA elevaram as tarifas sobre produtos chineses para 145%, e a China retaliou com tarifas de 125%. Contudo, a recente redução dessas tarifas reverteu parte das perdas dos mercados, gerando otimismo entre os investidores.
