Mercado chinês recebe injeção estatal após tombo causado por tensões comerciais com os EUA

Na segunda-feira (7), as bolsas chinesas caíram ao pior nível desde 1997, em meio à guerra comercial com os EUA.


Empresas estatais da China anunciaram novos aportes em ações e programas de recompra como parte dos esforços de Pequim para estabilizar o mercado acionário, pressionado pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. As promessas ocorrem após quedas bruscas nas bolsas e têm como objetivo restaurar a confiança dos investidores.

A China Chengtong Holdings Group e a China Reform Holdings Corp divulgaram planos de ampliar investimentos um dia após o fundo estatal Central Huijin afirmar que aumentará suas participações acionárias. A movimentação visa conter a volatilidade, especialmente após o índice de referência de Xangai (SSEC) recuar 7% na segunda-feira, antes de uma leve recuperação nesta terça (8).

Washington impôs tarifas extras de 34% sobre produtos chineses, medida que foi respondida pela China na mesma proporção. Para contrabalançar os impactos, a Chengtong afirmou que suas unidades reforçarão posições em ações e ETFs, destacando: “Estamos firmemente otimistas em relação às perspectivas de crescimento dos mercados de capitais da China”.

A China Reform Holdings, também conhecida como Guoxin, afirmou que uma de suas unidades aumentará investimentos em empresas de tecnologia, estatais e ETFs, por meio de um plano de recompra financiado por refinanciamento, com aporte inicial de 80 bilhões de yuans (US$ 10,95 bilhões).

A China Electronics Technology Group também intensificará recompras para sustentar a confiança. Outras empresas, como Sinopec, Orient Securities, Intco Recycling e Spring Airlines, anunciaram ações semelhantes. A China Pacific Insurance declarou que aumentará investimentos em setores estratégicos.

O Central Huijin reforçou que dispõe de ampla liquidez e agirá “de forma decisiva quando necessário”. O Banco Central da China declarou apoiar o aumento dessas participações.