O capitão do Solong, um navio porta-contêineres que colidiu com um petroleiro militar dos EUA no Mar do Norte do Reino Unido, foi identificado como cidadão russo, confirmou sua empresa de gestão.
O homem de 59 anos foi preso na terça-feira (11) sob suspeita de “homicídio culposo por negligência grave” após a violenta colisão de segunda-feira (10) a cerca de 19 quilômetros da costa de East Yorkshire. Um tripulante foi dado como morto.
O Solong atingiu o Stena Immaculate, um petroleiro de bandeira americana carregado com combustível de aviação para o exército dos EUA. A embarcação estava ancorada, aguardando espaço em um porto no Humber, após partir do Peloponeso, na Grécia.
O cargueiro navegava de Grangemouth, na Escócia, para Roterdã, na Holanda, a cerca de 30 km/h quando colidiu. Após a batida, ambas as embarcações pegaram fogo devido a explosões.
Foram resgatados 36 tripulantes, incluindo americanos a bordo do petroleiro e cidadãos russos e filipinos do Solong.
Os investigadores afirmaram que todas as possibilidades estão sendo analisadas, mas “não há indícios de envolvimento do Estado russo no incidente”.
Inicialmente, temeu-se que o Solong transportasse cianeto de sódio, um químico altamente tóxico. No entanto, seu proprietário, a empresa marítima Ernst Russ, de Hamburgo, confirmou que os quatro contêineres com a substância estavam vazios.
A Guarda Costeira do Reino Unido informou que amostras do ar não detectaram toxinas e a modelagem meteorológica não indica risco ao público.
O Solong afastou-se cerca de 3,2 km ao sul da colisão e permanece ancorado com apoio de um rebocador. O Stena Immaculate também está sendo mantido no local.
Parte do combustível de jato, equivalente a 220.000 barris, pode ter sido consumida no incêndio descrito como uma “enorme bola de fogo”, mas há suspeitas de derramamento no mar.
Na noite de terça-feira, o chefe adjunto da guarda costeira, John Craig, afirmou que o fogo no petroleiro havia “diminuído bastante”.
“Uma resposta abrangente de combate à poluição está em andamento”, disse Craig. “Continuamos a trabalhar com parceiros para mitigar os danos ambientais.”
A Divisão de Investigação de Acidentes Marítimos do Reino Unido iniciou uma apuração detalhada, enquanto a polícia de Humberside conduz uma investigação paralela sobre a morte do tripulante.
O investigador sênior, DCS Craig Nicholson, afirmou:
“Um trabalho extensivo já foi realizado e seguimos em estreita colaboração com nossos parceiros para entender o que aconteceu.”
“O homem preso permanece sob custódia, e continuamos ouvindo todos os envolvidos para esclarecer as circunstâncias do incidente.”
