Um navio-tanque transportando combustível de aviação para o exército dos EUA colidiu com um navio de carga na manhã desta segunda-feira (10). Os gerentes da embarcação confirmaram o incidente, que resultou em um vazamento no Mar do Norte do Reino Unido.
A Crowley, empresa americana que opera o Stena Immaculate, afirmou ao jornal britânico ‘The Telegraph’ que o petroleiro foi fretado pelo governo dos EUA como parte do Programa de Segurança de Petroleiros. Esse programa inclui dez navios registrados nos EUA que podem ser chamados em curto prazo para operações militares.
Após a colisão, o petroleiro sofreu uma série de explosões e começou a vazar combustível de aviação no mar. A Greenpeace do Reino Unido afirmou que ainda é “muito cedo” para avaliar o impacto ambiental do acidente.
O deputado britânico Graham Stuart informou que apenas uma pessoa foi hospitalizada, enquanto “os outros 36 marinheiros de ambas as tripulações estão seguros e contabilizados”.
REAÇÃO DO GOVERNO BRITÂNICO
Downing Street declarou que os detalhes sobre a causa do acidente “ainda estão ficando claros”. O porta-voz do primeiro-ministro britânico descreveu a situação como “extremamente preocupante” e agradeceu aos serviços de emergência pela rápida resposta.
“O Departamento de Transporte está trabalhando em conjunto com a guarda costeira para ajudar a coordenar a resposta ao incidente”, disse o porta-voz.
O governo britânico impôs uma zona de exclusão aérea de aproximadamente 4,8 quilômetros ao redor do local do acidente, na costa de Yorkshire. Com isso, pilotos estão “proibidos de voar dentro da área designada” sem autorização da Guarda Costeira do Reino Unido.
MISSÃO MILITAR AMERICANA
A Crowley confirmou que o Stena Immaculate estava operando para o exército dos EUA no momento da colisão. “O navio está em operação como parte do Programa de Segurança de Petroleiros do Governo dos EUA”, declarou um porta-voz da empresa.
O especialista marítimo Salvatore Mercogliano explicou que esse programa busca aumentar a frota mercante americana. “Os navios recebem subsídios para compensar os custos da bandeira dos EUA e da tripulação americana. Em troca, podem ser chamados para missões do governo”, afirmou o professor.
A investigação sobre a causa do acidente já começou. O Departamento de Investigação de Acidentes Marítimos do Reino Unido enviou uma equipe para conduzir uma avaliação preliminar do ocorrido.
