Um motorista avançou com um carro contra uma manifestação sindical no centro de Munique, nesta quinta-feira (13), ferindo pelo menos 28 pessoas, incluindo crianças, segundo autoridades. A polícia acredita que se tratou de um ataque.
O suspeito, um requerente de asilo afegão de 24 anos, foi preso. “Há muitos indícios de que foi um ataque”, disse Markus Söder, governador da Baviera.
Manifestantes do sindicato ‘ver.di’ caminhavam por uma rua às 10h30, horário local, (6h30 pelo horário de Brasília), quando um carro ultrapassou um veículo policial, acelerou e atingiu a traseira do grupo, disse a polícia. Policiais prenderam o suspeito após dispararem contra o carro.
“O protesto provavelmente foi um alvo aleatório”, afirmou Joachim Herrmann, ministro do Interior da Baviera. O suspeito já era conhecido por crimes como roubo e tráfico de drogas.
Um Mini danificado foi visto no local, cercado por destroços, incluindo sapatos. Entre os feridos, alguns estão em estado grave. O prefeito Dieter Reiter confirmou que crianças foram atingidas.
A Procuradoria investiga o caso por extremismo e terrorismo. “Sentimos com as vítimas, esperamos que todas sobrevivam”, declarou Söder.
O ataque ocorre três semanas após um afegão rejeitado como asilado matar um homem e um menino de dois anos a facadas em Aschaffenburg, também na Baviera. O caso reforçou a migração como tema central da eleição alemã de 23 de fevereiro.
O conservador Friedrich Merz, favorito para ser o próximo chanceler, declarou: “Imporemos a lei e a ordem. Todos devem se sentir seguros em nosso país novamente”.
Merz acusa o chanceler Olaf Scholz de ser brando com a imigração. No mês passado, ele venceu uma votação parlamentar sobre asilo com apoio da extrema-direita AfD.
A Alemanha registrou outros ataques recentes, incluindo crimes em Mannheim e Solingen, envolvendo imigrantes do Afeganistão e da Síria.
Em dezembro, um médico saudita atropelou pessoas em um mercado de Natal em Magdeburg.
O ataque em Munique ocorreu horas antes da Conferência de Segurança, que conta com líderes como JD Vance, vice-presidente dos EUA, e Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia.
