Eduardo Bolsonaro acusa PF de ‘perseguição’ após ser intimado por chamar delegado de “cachorrinha” e “put*nha” de Moraes

Fabio Alvarez Shor ganhou notoriedade ao conduzir investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o inquérito das milícias digitais.


O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou ter sido intimado pela Polícia Federal após chamar o delegado Fabio Alvarez Shor de “cachorrinha” e “put*nha” do ministro Alexandre de Moraes (STF).

Em vídeo divulgado nesta segunda-feira (10), Eduardo classificou a intimação como uma “afronta” aos demais congressistas.

No vídeo, ele declarou: “O delegado está sentido por tê-lo chamado de ‘cachorrinha’ e ‘put*nha’ de Alexandre de Moraes. Ele acha que vai me intimidar com isso aqui.”

O parlamentar acrescentou: “Isso é uma afronta a todos os deputados. Não posso imaginar que um parlamentar seja acuado a parar de falar porque na sua casa anterior alguém se sentiu ofendido. Buscarei a Procuradoria da Câmara para a devida defesa a esse esculacho ao parlamentar mais votado da história do país.”

Fabio Alvarez Shor ganhou notoriedade ao conduzir investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o inquérito das milícias digitais.

Por sua atuação, tornou-se alvo de apoiadores do ex-presidente. Ele foi promovido a chefe da Divisão de Investigações e Operações de Contrainteligência da PF.

Sobre a intimação, Eduardo Bolsonaro disse: “Vocês utilizam da covardia do Estado para me prejudicar no meu CPF porque dou trabalho a vocês, ao regime ditatorial brasileiro, a essa ‘juristocracia’.”

O deputado também ameaçou medidas legais: “Estou fazendo um estudo para entrar, na pessoa física de vocês, por abuso de autoridade. Perfeito, Fabio Shor? Estou licenciado da PF e, caso eu não seja eleito, vocês terão a satisfação de me ver dentro da casa novamente.”

Além de Eduardo, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) também foi alvo da PF por declarações contra Shor.

Ele foi indiciado sob suspeita de calúnia e difamação após criticar o delegado durante discurso no plenário.