O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, afirmou na quarta-feira (28) que seu governo “fará tudo para garantir que o Nord Stream 2 não possa ser recolocado em operação”. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa conjunta com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em Berlim.
Merz prometeu intensificar a pressão sobre Moscou, em resposta à escalada dos ataques russos contra cidades ucranianas. O chanceler também reforçou o compromisso da Alemanha com as sanções europeias, destacando que o objetivo central é “enfraquecer a máquina de guerra de Moscou”.
Embora o novo pacote de sanções da União Europeia ainda não tenha sido formalizado, Zelensky indicou, no dia anterior, que o 18º conjunto de medidas poderá ter impacto significativo sobre a economia russa. Entre as propostas estão a proibição total da reativação dos gasodutos Nord Stream e novas restrições ao setor bancário russo.
Os gasodutos Nord Stream 1 e 2 ligam a Rússia à Alemanha pelo Mar Báltico. O Nord Stream 2 nunca chegou a operar comercialmente, e ambos foram desativados após explosões em 2022, atribuídas a possível sabotagem. Um dos tubos do Nord Stream 2, no entanto, permanece tecnicamente funcional.
Zelensky, ao lado de Merz, pediu “sanções mais fortes” por parte da Europa e dos Estados Unidos, argumentando que o enfraquecimento financeiro da Rússia é fundamental para abreviar a guerra. “Então poderemos pôr fim à guerra, porque o exército na Rússia não será tão forte nem tão bem financiado pelo governo russo”, declarou o presidente ucraniano.
A Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, prepara um novo pacote de sanções que também visa a frota paralela de navios utilizada pela Rússia para driblar restrições ao comércio de petróleo, com embarcações operadas por empresas de propriedade e seguros obscuros.