Trump e Putin discutem conflito na Ucrânia em meio a impasse diplomático

Trump também planeja conversar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e líderes da OTAN.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira (19), em uma tentativa de avançar no processo de paz na Ucrânia. O diálogo ocorreu após o vice-presidente dos EUA, JD Vance, sugerir que Washington poderia reconsiderar seu envolvimento, afirmando que “esta não é nossa guerra”.

Trump, que prometeu encerrar rapidamente o conflito mais letal da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, tem defendido repetidamente um cessar-fogo. Sob sua pressão, representantes de Rússia e Ucrânia se reuniram em Istambul na semana passada, a primeira negociação presencial desde 2022, mas sem alcançar um acordo.

Kiev declarou estar pronta para um cessar-fogo imediato, enquanto Moscou condiciona a trégua ao cumprimento de exigências específicas. Líderes europeus, incluindo os do Reino Unido, França, Alemanha e Itália, pediram a Trump que se unisse a eles na imposição de novas sanções à Rússia, caso o Kremlin se recuse a suspender os ataques.

Em Washington, um funcionário da Casa Branca confirmou que o telefonema entre Trump e Putin estava em andamento, com o presidente russo em Sochi e o líder americano na capital dos EUA. Vance comentou que Trump pressionaria Putin a definir se estava “sério” sobre as negociações.

“São precisos dois para dançar o tango”, afirmou Vance, indicando que, se Moscou não cooperar, os EUA podem se afastar. Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, reiterou que Trump deseja uma solução pacífica, mas está “frustrado com ambos os lados do conflito”.

Trump também planeja conversar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e líderes da OTAN. Enquanto isso, Putin mantém suas demandas, incluindo o reconhecimento pela Ucrânia de quatro regiões ocupadas pela Rússia.

No domingo (18), a Rússia lançou seu maior ataque com drones contra a Ucrânia desde o início da guerra, e autoridades ucranianas afirmam que Moscou teria planejado testar um míssil balístico intercontinental.

Os líderes europeus temem que Trump possa forçar Kiev a aceitar um acordo que comprometa sua integridade territorial e segurança a longo prazo.