Nikolas volta a viralizar com vídeo em defesa da anistia e comparação com luta por direitos civis

O vídeo segue o mesmo formato do conteúdo sobre o Pix, publicado em janeiro, que viralizou ao sugerir a taxação do serviço.


Em busca de apoio ao projeto de anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou na quinta-feira (3) um novo vídeo em defesa da proposta. A gravação, com cerca de sete minutos, repete o formato que viralizou durante a polêmica do Pix e já ultrapassava 47,8 milhões de visualizações no Instagram até a 1h da manhã deste sábado (5).

Na peça, o parlamentar compara os protestos que culminaram nas invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília, com episódios históricos do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos. Ele associa a condenação de Débora Rodrigues dos Santos, que escreveu “perdeu, mané” com batom na estátua “A Justiça”, à atitude de Rosa Parks, que em 1955 se recusou a ceder seu assento a um branco num ônibus no estado do Alabama.

“A injustiça contra uma mulher virou um marco de uma luta coletiva. Lá foi um ônibus, aqui um batom”, afirma Nikolas no vídeo. Débora foi condenada a 14 anos de prisão, mas recentemente obteve autorização para cumprir pena em regime domiciliar.

O caso tem sido explorado pela oposição como símbolo da proposta de anistia, tratada como “pauta única” pela bancada do PL. Ainda assim, o projeto encontra forte resistência no Congresso e, até o momento, não há apoio suficiente para que avance com urgência na Câmara dos Deputados.

Além de defender a anistia, Nikolas critica a dosimetria das penas aplicadas aos envolvidos no 8 de janeiro e compara com protestos promovidos por grupos de esquerda, que, segundo ele, não receberam punições equivalentes.

A nova investida nas redes sociais busca mobilizar a opinião pública, já que recentes manifestações tanto favoráveis quanto contrárias à anistia tiveram baixa adesão popular. Deputado mais engajado da direita nas redes, Nikolas voltou a apostar em vídeos com forte apelo emocional para tornar o tema mais visível.

O vídeo segue o mesmo formato do conteúdo sobre o Pix, publicado em janeiro, que viralizou ao sugerir a taxação do serviço. A repercussão negativa na época forçou o governo a recuar da proposta de fiscalização.