Trump taxa Brasil, mas impacto é menor do que previsto

O Brasil ocupa a 15ª posição na lista de países afetados, sendo submetido a uma tarifa de 10%.


Donald Trump anunciou, nesta quarta-feira (2), a implementação de tarifas recíprocas sobre diversos países, em uma medida destinada a fortalecer a indústria dos Estados Unidos. O Brasil foi incluído na lista, sendo submetido a uma taxa de 10%, percentual considerado por analistas como “menos oneroso do que o esperado”. Segundo o presidente norte-americano, as tarifas recíprocas, descritas como “com desconto”, têm o propósito de impulsionar setores estratégicos da economia, com destaque para a indústria automobilística e a competitividade tecnológica. Além disso, Trump mencionou que a medida proporcionará benefícios ao setor agrícola.

As nações asiáticas serão as mais afetadas por essa política tarifária, com impacto significativo sobre suas economias. O presidente americano citou, de maneira específica, Tailândia, Vietnã e Japão entre os países que enfrentarão taxas mais elevadas.

Trump ressaltou que a aplicação das tarifas não se restringirá a adversários políticos, abrangendo também nações aliadas. Nesse sentido, mencionou a União Europeia e a Austrália, indicando que a frustração com determinados parceiros tradicionais pode, em alguns casos, ser ainda mais acentuada.

IMPACTO NO BRASIL

O Brasil ocupa a 15ª posição na lista de países afetados, sendo submetido a uma tarifa de 10%. Esse percentual corresponde à “base mínima utilizada pelo governo norte-americano nesse anúncio”, o que tem sido interpretado como um alívio relativo para o setor exportador brasileiro.

Cabe destacar que Trump não fez menção específica ao Brasil durante seu pronunciamento, fato considerado positivo por diplomatas e empresários brasileiros. No entanto, ainda há incertezas quanto à forma de aplicação das novas tarifas.

O Ministério das Relações Exteriores e representantes do setor empresarial aguardam esclarecimentos sobre a metodologia de implementação da nova tributação. Ainda não está definido se a taxa de 10% incidirá sobre tarifas já existentes ou se será adicionada a uma taxação geral previamente discutida.

A expectativa é que a Casa Branca publique um documento detalhado com informações sobre o cálculo e a execução das medidas tarifárias. Enquanto isso, o setor produtivo brasileiro recebe a notícia com relativo alívio, uma vez que o impacto poderia ter sido significativamente mais severo.