A Hyundai, sediada na Coreia do Sul, anunciou nesta segunda-feira (24) um investimento de US$ 20 bilhões nos Estados Unidos. O pacote inclui a construção de uma siderúrgica de US$ 5,8 bilhões na Louisiana, conforme confirmou a Casa Branca.
O anúncio foi feito na Casa Branca pelo presidente Donald Trump, pelo presidente da Hyundai, Euisun Chung, e pelo governador da Louisiana, Jeff Landry.
“Mais investimentos, mais empregos e mais dinheiro nos bolsos dos americanos trabalhadores – tudo graças às políticas econômicas do presidente Trump”, declarou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, nas redes sociais.
Paralelamente ao anúncio, Trump informou que a Hyundai não pagará tarifas. A medida, segundo o presidente dos EUA, visa fortalecer a indústria americana e deve gerar mais de 1.400 empregos diretos.
Trump já decretou tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio. Além disso, há impostos sobre carros da Ásia e da Europa previstos para entrar em vigor no próximo mês.
O presidente americano ressaltou que a meta é fabricar mais carros dentro dos Estados Unidos. A planta siderúrgica da Hyundai terá capacidade de produzir 2,7 milhões de toneladas métricas de aço por ano.
Quanto à produção de automóveis, Euisun Chung afirmou que a Hyundai deve ultrapassar a marca de 1 milhão de veículos fabricados anualmente em solo americano.
Ainda assim, expandir a produção industrial nos Estados Unidos enfrenta desafios. Um exemplo é a Stellantis, que produz carros das marcas Jeep, Ram, Dodge e Chrysler.
Após a greve do United Auto Workers em 2023, a Stellantis se comprometeu a reabrir uma fábrica em Illinois. Em janeiro, já sob o governo Trump, a empresa reafirmou o plano para aumentar a produção local. No entanto, a reabertura só deve ocorrer em 2027.
Apesar das medidas protecionistas de Trump para “salvar” a indústria automobilística americana, os números mostram que o setor já é majoritariamente nacional.
Segundo a S&P Global Mobility, em 2024, 10,2 milhões de veículos foram produzidos em fábricas nos Estados Unidos, contra 4 milhões no México e 1,3 milhão no Canadá.
Hoje, cerca de 1 milhão de trabalhadores atuam diretamente nas fábricas americanas de carros, caminhões e autopeças, consolidando o país como líder na produção automotiva da região.