Grupo de Trump processa Alexandre de Moraes nos EUA por ‘censura política’

A plataforma de vídeos conservadora Rumble também assina o processo.


O grupo ‘Trump Media & Technology Group (DJT.O)’, do presidente dos EUA, Donald Trump, entrou com um processo contra Alexandre de Moraes no Tribunal Federal da Flórida.

Segundo o jornal ‘New York Times’, a ação alega que o ministro do STF censura ilegalmente o discurso político de pessoas alinhadas à direita.

A plataforma de vídeos conservadora Rumble (RUM.O) também assina o processo.

As empresas argumentam que Moraes violou a Primeira Emenda dos EUA ao ordenar a remoção de contas de especialistas brasileiros de direita.

Para elas, a decisão interfere no posicionamento político dentro dos Estados Unidos e afeta a visibilidade de conteúdos no país.

O grupo de Trump não foi diretamente atingido pelas ordens de Moraes, mas afirma que sua plataforma depende da tecnologia da Rumble.

Com isso, qualquer restrição imposta à empresa poderia prejudicar suas operações.

Moraes defende suas ações como medidas para conter ameaças à democracia brasileira.

No ano passado, determinou o bloqueio da rede social X após Elon Musk descumprir a exigência de indicar um representante legal no Brasil.

A ação judicial ocorre em meio a um novo desdobramento envolvendo Jair Bolsonaro.

Na noite de terça-feira (18), o ex-presidente foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por crimes relacionados a uma suposta trama golpista.

A acusação foi baseada na investigação da Polícia Federal.

Bolsonaro é acusado de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

A denúncia também inclui dano qualificado por violência, grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Essa é a primeira vez que Bolsonaro é denunciado criminalmente perante o STF desde que assumiu a presidência.

A peça acusatória foi enviada a Alexandre de Moraes, responsável pela análise do caso.

O julgamento pode resultar em novas implicações para o ex-presidente e seus aliados políticos.