Em uma conversa no X na quinta-feira (9), Alice Weidel, candidata da extrema direita na Alemanha, afirmou a Elon Musk que “Adolf Hitler era um comunista” e culpou Angela Merkel pela crise econômica no país. Satisfeito, Musk respondeu que “os americanos votaram por mudança” e que agora seria a vez dos alemães.
A interação continuou com digressões filosóficas sobre Marte, a humanidade e Deus. O diálogo, que durou uma hora e 15 minutos, deu à candidata uma plataforma para expor suas opiniões sem interrupções, algo que ela comparou favoravelmente às entrevistas na mídia alemã.
Musk, que agora adota uma ‘postura autoritária’ na Europa, de acordo com líderes europeus, interrompeu Weidel algumas vezes. No entanto, a candidata, falando de seu escritório em Berlim, agiu como se estivesse conversando com um membro do governo americano. Weidel criticou Merkel, dizendo que “foi a primeira chanceler verde e arruinou o país” ao desligar usinas nucleares.
Weidel também culpou Merkel pela crise migratória, comparando-a à situação na fronteira EUA-México. Musk, concordando, mencionou a decisão histórica de Merkel de abrir as fronteiras em 2015, que Weidel descreveu como uma permissão para a entrada de criminosos.
A discussão se estendeu até a campanha da AfD, partido de extrema direita, com Weidel prometendo mudanças para a classe média desiludida. Musk expressou apoio, dizendo que espera uma mudança semelhante à que ocorreu nos EUA com Trump.
A expectativa pelo evento foi alimentada por rumores de censura, que foram desmentidos pelo ex-comissário europeu Thierry Breton, acusado falsamente por Musk de ameaçar a transmissão.
Weidel, ao discutir liberdade de expressão, mencionou que Hitler controlou a mídia nos anos 1930 e afirmou que o nazismo era uma forma de comunismo. Ela também afirmou que a AfD é o único partido que pode proteger os judeus na Alemanha.
A conversa desviou para temas como Marte e a existência de Deus, encerrando com Musk discutindo a necessidade de a humanidade habitar outro planeta. Weidel concluiu: “Não sei como continuar”. A campanha eleitoral na Alemanha prossegue até 23 de fevereiro.