A Rússia realizou um ataque massivo à infraestrutura energética da Ucrânia neste dia de Natal, segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que classificou a ação como “desumana”. Explosões foram registradas em diversas regiões do país.
De acordo com a DTEK, maior fornecedora de energia da Ucrânia, este foi o 13º ataque de larga escala à rede elétrica ucraniana neste ano, deixando o sistema em uma situação crítica enquanto a guerra avança para o terceiro inverno.
Na região de Dnipropetrovsk, ao menos uma pessoa morreu. Em Kharkiv, a menos de 32 km da fronteira russa, seis ficaram feridas. O governador local, Oleh Syniehubov, informou que sete mísseis atingiram a cidade, danificando edifícios residenciais e infraestrutura civil.
Cerca de meio milhão de residências em Kharkiv ficaram sem aquecimento, enfrentando temperaturas de 3°C. A DTEK confirmou apagões rotativos para estabilizar a rede. Enquanto isso, forças ucranianas declararam ter atacado um posto de comando russo em Lgov, região de Kursk.
Autoridades locais em Kursk relataram quatro mortes e cinco hospitalizados após o ataque ucraniano. Na Rússia, na Ossétia do Norte-Alânia, destroços de um drone abatido causaram uma explosão em Vladikavkaz, matando uma pessoa.
Desde 2023, os ucranianos celebram o Natal em 25 de dezembro, após uma lei assinada por Zelensky para afastar o país das tradições da Igreja Ortodoxa Russa. Zelensky afirmou que o ataque russo no feriado foi uma escolha deliberada.
“Putin escolheu deliberadamente o Natal para atacar. O que poderia ser mais desumano?”, disse o presidente ucraniano. Mais de 70 mísseis e 100 drones foram lançados pela Rússia, segundo Zelensky, sendo que 50 mísseis foram interceptados.
A DTEK relatou danos severos em usinas termelétricas, atacadas mais de 200 vezes desde o início da invasão em 2022. “É o 13º ataque massivo ao setor energético”, destacou German Halushchenko, ministro de energia da Ucrânia.