O homem suspeito de matar cinco pessoas em um ataque a um mercado de Natal lotado em Magdeburgo, Alemanha, enfrenta múltiplas acusações de assassinato e tentativa de assassinato, informou a polícia alemã no domingo (22). O ataque está sendo investigado como terrorismo, mas as motivações ainda não estão claras.
O suspeito, Taleb Al A., de 50 anos, é um psiquiatra da Arábia Saudita que vive na Alemanha há quase duas décadas. Ele foi preso na noite de sexta-feira (20), após o incidente, que deixou dezenas de feridos, além dos mortos. O juiz ordenou prisão preventiva para Al A., acusado de cinco assassinatos e tentativa de assassinato em vários outros casos.
Segundo o promotor de Magdeburgo, Horst Nopens, uma possível motivação seria a “frustração” do suspeito com o tratamento dado pela Alemanha aos refugiados sauditas. Al A. é conhecido ativista anti-islã e tem 40 mil seguidores no X, onde elogiava Alice Weidel, candidata do partido de extrema-direita AfD.
No sábado (21), uma manifestação da direita com cerca de 2.100 pessoas ocorreu em Magdeburgo, onde manifestantes usaram balaclavas e seguraram uma faixa com a palavra ‘remigração’, defendendo a deportação de imigrantes. A polícia informou sobre “distúrbios menores” durante o protesto, gerando investigações criminais.
O ataque matou um menino de 9 anos e quatro mulheres, com idades entre 45 e 75 anos. Cerca de 40 pessoas ficaram gravemente feridas. O suspeito usou saídas de emergência para acessar o mercado e avançou com o carro, atingindo mais de 200 pessoas em três minutos.
A AfD, que tem apoio forte na antiga Alemanha Oriental, onde está Magdeburgo, planeja um comício em nesta segunda-feira (23). Enquanto isso, as autoridades alemãs enfrentam críticas pela falta de ações diante de alertas sobre o suspeito nas redes sociais.
A ministra do Interior, Nancy Faeser, prometeu investigar possíveis falhas das autoridades, enquanto o governo recebe pressão a dois meses das eleições antecipadas. Partidos da oposição pedem melhorias na segurança e coordenação entre autoridades federais e estaduais.