Após ser sequestrada, Corina Machado é libertada e afirma ter sido obrigada a gravar vídeos

Machado foi detida após participar de uma marcha antigovernamental em Caracas, sua primeira aparição pública em meses.


A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi libertada nesta quinta-feira (9) após uma breve detenção pelo regime de Nicolás Maduro, informou seu movimento, Vente Venezuela, nas redes sociais.

Machado foi detida após participar de uma marcha antigovernamental em Caracas, sua primeira aparição pública em meses. Durante a manifestação, que ocorreu em meio a tiros, ela foi forçada a gravar vários vídeos enquanto estava sob custódia, afirmou o movimento.

O ex-candidato presidencial Edmundo González, aliado de Machado, exigiu sua libertação imediata. “Como presidente eleito, exijo a libertação de María Corina Machado”, declarou González. Enquanto isso, autoridades do governo, incluindo o ministro do Interior, Diosdado Cabello, alegaram que a prisão foi “uma invenção, uma mentira”.

Segundo o Vente Venezuela, Machado foi “violentamente interceptada” no leste de Caracas, e a caravana de motocicletas em que ela viajava foi alvo de disparos.

A oposição venezuelana está organizando protestos em todo o país, em uma tentativa de última hora para pressionar o presidente Nicolás Maduro antes de sua terceira posse, prevista para esta sexta-feira (10).