O líder opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que reivindica vitória nas últimas eleições presidenciais, exigiu nesta quinta-feira (9) a libertação imediata de sua aliada, María Corina Machado. A líder antichavista foi presa ao deixar uma manifestação contra o presidente Nicolás Maduro em Caracas.
María Corina fez sua primeira aparição pública em cinco meses, discursando para manifestantes na região de Chacao, nos arredores da capital venezuelana. Segundo o partido opositor Comando ConVzla, “membros do regime Maduro atacaram motos que transportavam María Corina Machado”.
“María Corina foi interceptada violentamente ao sair da concentração em Chacao”, publicou o partido nas redes sociais. Em resposta, Edmundo González declarou: “Como presidente eleito, exijo a libertação imediata de María Corina Machado. Às forças de segurança que a sequestraram, eu digo: não brinquem com fogo”.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, também se manifestou, afirmando: “O Panamá exige a plena liberdade de María Corina Machado e o respeito por sua integridade pessoal. O regime ditatorial é responsável pela sua vida!”.
A oposição e os chavistas disputam a legitimidade das eleições de 28 de julho. As autoridades eleitorais, controladas por apoiadores de Maduro, afirmam que ele venceu, mas nunca divulgaram os resultados detalhados. Já a oposição sustenta que González, de 75 anos, foi o verdadeiro vencedor, com apoio de governos internacionais, incluindo os EUA.
González, que está na República Dominicana, prometeu retornar a Caracas para tomar posse no dia 10. Ele se asilou na Espanha em setembro. O governo Maduro, que acusa a oposição de “conspirações fascistas”, ameaçou prender González caso ele volte ao país.