Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou nesta terça-feira (7), mudanças nas políticas de moderação, visando maior liberdade de expressão. O programa de verificação de fatos será substituído por um sistema de notas comunitárias, semelhante ao ‘Community Notes’ do X, inicialmente nos EUA.
“Vamos nos livrar dos verificadores de fatos e substituí-los por notas da comunidade”, afirmou Zuckerberg. Ele criticou “governos e a mídia por pressionarem por mais censura”, especialmente durante as eleições. “Chegamos a um ponto de muitos erros e muita censura.”
As alterações impactarão Facebook, Instagram e Threads, desfazendo políticas que reduziram conteúdo político nos feeds. O foco será moderar conteúdos relacionados a drogas, terrorismo e exploração infantil.
“O problema com sistemas complexos é que eles cometem erros”, disse Zuckerberg. “Mesmo que censurem apenas 1% das postagens, isso afeta milhões de pessoas.”
A empresa também encerrará políticas sobre temas polêmicos, como imigração e gênero, priorizando violações de alta gravidade. A equipe de moderação será transferida da Califórnia, um estado democrata e progressista, para o Texas, um estado republicano e conservador.
A decisão reflete a politização da moderação de conteúdo. O sistema de verificação de fatos, lançado em 2016, envolvia parceiros certificados para verificar postagens.
“Isso é legal”, comentou Elon Musk no X sobre o anúncio da Meta.
Zuckerberg ressaltou o desejo de simplificar políticas e reduzir erros. “Vamos voltar às nossas raízes e focar na liberdade de expressão”, concluiu.