O governo de Israel confirmou, na manhã desta sexta-feira (13), horário local, ter conduzido ataques a alvos nucleares no Irã, com o objetivo de impedir Teerã de desenvolver armas atômicas. A operação, batizada de “Leão Ascendente”, também teve como alvos comandantes iranianos, fábricas de mísseis e a instalação de enriquecimento de urânio em Nantanz.
Segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, trata-se de “um momento decisivo na história de Israel”. Ele afirmou que a ofensiva continuará por vários dias. Uma testemunha relatou à agência Reuters explosões nas proximidades da instalação em Nantanz, enquanto a liderança iraniana se reuniu de forma emergencial.
A TV estatal iraniana informou que múltiplas explosões foram ouvidas na capital, Teerã, e que o sistema de defesa aérea permanece em alerta máximo. Um oficial militar israelense declarou que “dezenas” de alvos nucleares e militares foram atingidos e que o Irã possui material suficiente para fabricar até 15 bombas nucleares em poucos dias.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que o país se prepara para uma retaliação iminente com mísseis e drones por parte do Irã, motivo pelo qual foi decretado estado de emergência nacional.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou que Israel agiu de forma unilateral. “Não estamos envolvidos em ataques contra o Irã. Nossa prioridade é proteger as forças americanas na região”, disse. Ele ainda alertou que “o Irã não deve ter como alvo interesses ou pessoal dos EUA”.
A emissora americana CNN informou que o presidente dos EUA, Donald Trump, convocou uma reunião de gabinete. Trump já havia afirmado, na véspera, que um ataque israelense “poderia muito bem acontecer”, embora reiterasse seu desejo por uma solução pacífica.
Com a escalada, os preços do petróleo bruto subiram mais de US$ 3 por barril. As negociações nucleares entre Irã e EUA, previstas para domingo, em Omã, devem ser suspensas.