Mundo pode ter o primeiro papa dos EUA; conheça o cotado para suceder Francisco

O mundo nunca teve um papa norte-americano. Hoje, há uma grande probabilidade de isso acontecer.


Desde a fundação da Igreja Católica, nenhum dos 266 papas foi dos Estados Unidos. Apesar da juventude do país e do fato de menos de 20 pontífices terem servido após 1776, a ausência de um líder americano entre os papas tem explicações históricas e políticas. Robert Barron, bispo de Winona–Rochester, em Minnesota, apresentou uma dessas explicações.

Nomeado recentemente pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para a Comissão de Liberdade Religiosa da Casa Branca, Barron está no Vaticano, onde acompanha o conclave que elegerá o sucessor do Papa Francisco. Em meio a conversas com cardeais, Barron relembrou uma lição do falecido cardeal George de Chicago: “Até que os Estados Unidos entrem em declínio político, não haverá um papa americano.” Segundo ele, o domínio dos EUA no cenário global político, cultural e econômico desestimula a escolha de um papa americano.

Entretanto, o nome de um americano tem ganhado destaque nas discussões sobre os possíveis sucessores de Francisco: o cardeal Robert Prevost. Nascido em Chicago, Prevost é chefe do Dicastério para Bispos, o que lhe confere grande influência na seleção de novos bispos. Sua experiência inclui longos anos de serviço no Peru, onde também obteve cidadania, reforçando seu perfil internacional.

Prevost é visto como um centrista com inclinações progressistas em questões sociais, acolhendo grupos marginalizados, uma postura semelhante à do Papa Francisco. No entanto, mantém posições conservadoras em pontos doutrinários, como a proibição da ordenação de mulheres como diáconos.

A possível eleição de Prevost como papa representa um equilíbrio entre tradição e adaptação, em meio a um cenário global em transformação.