O influenciador digital e empresário Pablo Marçal (PRTB) foi condenado pela Justiça Eleitoral de São Paulo por práticas ilegais durante as eleições municipais de 2024. A decisão impõe a inelegibilidade de Marçal por oito anos e uma multa de R$ 420 mil pelo descumprimento de uma liminar no processo.
A sentença foi proferida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. A condenação está relacionada a acusações de abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e captação e gastos ilícitos de recursos durante a campanha. De acordo com a decisão, Marçal foi responsável por práticas ilícitas envolvendo o impulsionamento de vídeos nas redes sociais, como TikTok, YouTube e Instagram, para promover sua candidatura.
Paulo Hamilton Siqueira Júnior, coordenador da equipe jurídica de Marçal, afirmou que a defesa considera as provas apresentadas insuficientes para a condenação. “Em breve, apresentaremos recurso com os argumentos necessários para reverter a decisão”, declarou.
A assessoria de Marçal, em entrevista, afirmou que o influenciador acredita que a decisão é temporária e que cumpriu todos os requisitos legais durante a campanha. “Confio na Justiça e estou certo de que vamos reverter”, disse ele.
Esta não é a primeira condenação de Pablo Marçal. Em fevereiro, ele já havia sido considerado inelegível por acusações semelhantes, quando os partidos PSOL e PSB o acusaram de vender apoio político a candidatos em troca de recursos para sua própria campanha.
A decisão do juiz Zorz também aponta que Marçal era corresponsável pelas condutas ilegais associadas ao canal no ‘Discord’, onde promovia o impulsionamento de vídeos, o que resultou em uma visibilidade indevida de sua candidatura.
A representação que levou a este processo foi apresentada pelo PSB, que acusou Marçal de promover impulsionamento ilícito de sua candidatura nas redes sociais, o que deu início à investigação.