Papa Francisco morreu de AVC, diz mídia italiana

Diagnosticado com pneumonia no fim de 2024, Francisco foi internado diversas vezes desde então.


O Vaticano confirmou, nesta segunda-feira (21), a morte do papa Francisco, aos 88 anos. De acordo com a imprensa italiana, o pontífice sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) em suas últimas horas de vida. Primeiro latino-americano a liderar a Igreja Católica, ele enfrentava uma pneumonia bilateral que se agravou nas últimas semanas.

Diagnosticado com pneumonia no fim de 2024, Francisco foi internado diversas vezes desde então. A infecção, considerada bilateral quando compromete ambos os pulmões, provoca sintomas como tosse persistente, dores e dificuldade respiratória.

O papa já apresentava histórico de problemas pulmonares desde a juventude, quando, aos 21 anos, precisou retirar parte do pulmão em decorrência de uma pleurisia. A saúde do pontífice se deteriorou de forma mais acentuada a partir do fim de 2024, culminando em internações sucessivas. Em sua última hospitalização, iniciada em 14 de fevereiro no Hospital Gemelli, foi identificado um quadro de infecção polimicrobiana pulmonar.

Nos dias seguintes, houve piora significativa. Em 18 de fevereiro, Francisco foi diagnosticado com pneumonia bilateral severa, o que afetou gravemente sua capacidade respiratória. Em 22 de fevereiro, o Vaticano reconheceu, pela primeira vez, que seu estado era crítico.

Além do agravamento pulmonar, o papa apresentou plaquetopenia e anemia, exigindo transfusões sanguíneas. Em 23 de fevereiro, desenvolveu insuficiência renal leve. No dia 28, sofreu broncoespasmo e aspirou vômito, sendo submetido à broncoaspiração.

Apesar de breve melhora, Francisco faleceu após recaída súbita. Sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa (20), quando acenou aos fiéis na Praça São Pedro e recebeu, sem suporte respiratório, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, em Roma.