A China atraiu 269,23 bilhões de yuans (US$ 36,88 bilhões) em investimento estrangeiro direto (IED) entre janeiro e março de 2025, segundo dados divulgados pelo Ministério do Comércio do país. O volume representa uma queda de 10,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da retração no acumulado trimestral, o número de novas empresas com capital estrangeiro cresceu: foram 12.603 estabelecidas no país no primeiro trimestre. Em março, o uso efetivo de capital estrangeiro registrou alta de 13,2% em comparação anual.
O anúncio ocorre em meio à intensificação das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O presidente dos EUA, Donald Trump, minimizou a possibilidade de países aliados buscarem maior aproximação com Pequim em resposta à política tarifária americana. “Ninguém pode competir conosco”, declarou Trump na Casa Branca. “Ninguém.”
As declarações coincidem com a viagem diplomática do presidente chinês, Xi Jinping, ao sudeste asiático, onde visitou Vietnã, Camboja e Malásia. Em discurso no Vietnã, Xi conclamou os líderes locais a resistirem ao “bullying unilateral”.
Questionado por repórteres sobre a possibilidade de contatar diretamente o presidente chinês, Trump afirmou: “Nós vamos fazer um acordo. Acho que vocês verão que faremos um acordo muito bom com a China”.
Segundo a agência Reuters, Trump declarou nesta sexta-feira (18) que mantém “conversas muito boas” com autoridades chinesas. Ele voltou a afirmar que a China já entrou em contato “várias vezes” com Washington em busca de um entendimento comercial. “Acredito que vamos fazer um acordo com a China”, disse o presidente no Salão Oval, acrescentando que as tarifas americanas “podem não aumentar e podem até mesmo diminuir”.
Entretanto, a exceção permanece com a China. Trump anunciou nova elevação das tarifas sobre produtos chineses para 125%. A medida soma-se a uma tarifa anterior de 20%, totalizando uma carga de 145%. Como resposta, o governo chinês anunciou uma tarifa de 125% sobre produtos americanos. Em comunicado divulgado na terça-feira (15), a Casa Branca advertiu que a China poderá enfrentar tarifas de até 245%, classificando as medidas de Pequim como “ações retaliatórias”.