A Polícia Federal indiciou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de envolvimento em fraude em competição esportiva. O caso está relacionado ao suposto recebimento intencional de um cartão amarelo com o objetivo de beneficiar apostadores.
A investigação, conduzida em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Distrito Federal, teve início após a identificação de apostas suspeitas feitas por familiares do jogador, em novembro de 2024. Segundo reportagem do portal Metrópoles, divulgada na terça-feira (15), a PF encontrou mensagens no celular de Wander Nunes Pinto Junior, irmão de Bruno Henrique, indicando que o atleta teria antecipado que receberia o cartão durante uma partida.
Além de Bruno Henrique, outras nove pessoas foram indiciadas, incluindo o irmão, a esposa dele, Ludymilla Araujo Lima, e uma prima do jogador, Poliana Ester Nunes Cardoso. As apostas teriam ocorrido em partida entre Flamengo e Santos, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023.
Procurada, a assessoria de imprensa de Bruno Henrique afirmou que não irá se manifestar sobre o caso. A Polícia Federal, por sua vez, declarou que não comentará a investigação.
Em nota oficial, o Flamengo afirmou não ter sido comunicado formalmente sobre o indiciamento. O clube reforçou seu compromisso com as normas de fair play e destacou a importância do respeito ao devido processo legal, com observância da presunção de inocência, do contraditório e da ampla defesa.
Durante operação realizada em novembro, agentes da PF e do Gaeco cumpriram mandados de busca no centro de treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, e na residência do atleta, que entregou seus aparelhos eletrônicos aos investigadores. A apuração partiu de relatório da International Betting Integrity Association (IBIA) e da Sportradar, enviado à CBF e ao Ministério da Fazenda.