Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) se reúnem neste domingo (6) na Avenida Paulista, na capital, para uma manifestação convocada pelo ex-presidente. O principal objetivo do ato é defender a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas, em Brasília.
Mais de 500 pessoas já foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação nos atos. As penas variam de três a 17 anos de prisão. Entre os crimes estão tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.
Os apoiadores de Bolsonaro afirmam que o STF, por meio do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, persegue os envolvidos nos atos e aplica penas desproporcionais. Com isso, pressionam o Congresso pela aprovação de um projeto de lei que conceda anistia geral a todos os condenados.
Diferentemente do ato anterior, ocorrido em Copacabana, no Rio de Janeiro, a pauta da manifestação na capital é exclusivamente a anistia. O batom, utilizado por Michelle Bolsonaro (PL) em um vídeo de convocação, tornou-se o símbolo do ato.
O objeto remete ao episódio protagonizado por Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, que escreveu com batom a frase “perdeu, mané” na escultura “A Justiça”, em frente ao STF, durante os ataques. Após dois anos presa, ela cumpre atualmente prisão domiciliar no interior de São Paulo.
Desde as primeiras horas da manhã, manifestantes na Paulista entoam gritos pela volta de Bolsonaro à Presidência e cantam o jingle político usado em protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT): “vamos pra rua pra derrubar o PT”.
Sem estimar o número de participantes, o pastor Silas Malafaia, organizador do evento, aposta em público superior ao de Copacabana. Ele cita a maior população de São Paulo e o horário mais favorável da manifestação, marcada para as 14h.