O governador de Utah, Spencer Cox, assinou esta semana uma lei histórica que torna o estado o primeiro dos Estados Unidos a proibir a adição de flúor à água potável pública.
O projeto de lei estabelece que “uma pessoa não pode adicionar flúor à água, ou à água que será introduzida em um sistema público de água”. Além disso, “uma subdivisão política não pode promulgar ou aplicar uma portaria que exija ou permita a adição de flúor à água”.
Apesar da proibição, o projeto de lei autoriza farmacêuticos a prescrever suplementos de flúor e instrui a Divisão de Licenciamento Profissional a estabelecer diretrizes para essas prescrições. A nova lei entra em vigor no dia 7 de maio.
O flúor é um mineral presente naturalmente em fontes de água como lagos e rios e em alguns alimentos e bebidas. A Associação Odontológica Americana (ADA) explica que ele é amplamente usado em produtos dentais, como cremes dentais, para prevenir cáries.
“Estudos de alta qualidade mostram que o flúor previne cáries e fortalece o esmalte dentário”, afirma a ADA. A substância também repõe os minerais perdidos pelos dentes devido à degradação ácida, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.
Contudo, céticos como Robert F. Kennedy Jr., Secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, questionam os benefícios do flúor. Em entrevista à emissora NPR, Kennedy afirmou que o flúor na água afeta o desenvolvimento neurológico das crianças e que países que removeram o flúor não observaram aumento nas cáries.
Embora alguns levantem preocupações sobre toxicidade e efeitos na saúde, muitos profissionais de saúde defendem a fluoretação como uma medida de saúde pública eficaz, especialmente para crianças e comunidades carentes.
A ADA, em carta a Cox, pediu o veto do projeto, destacando estudos que demonstram a eficácia da fluoretação na prevenção de cáries dentárias, com redução de até 25%.
