Asteroide tem 3,8% de chance de atingir a Lua e pode formar cratera visível da Terra

A NASA confirmou que a chance de impacto no nosso planeta para o dia 22 de dezembro de 2032 caiu para zero.


Um asteroide que chegou a preocupar cientistas com risco de colisão com a Terra agora tem 3,8% de chance de atingir a Lua, segundo novos dados do telescópio espacial James Webb.

Batizado de 2024 YR4, o objeto mede entre 53 e 67 metros, o equivalente a um prédio de 15 andares, e seria capaz de destruir uma cidade inteira. A ameaça de impacto na Terra, antes estimada em 3,1% — a mais alta já registrada para um asteroide — foi oficialmente descartada.

A NASA confirmou que a chance de impacto no nosso planeta para o dia 22 de dezembro de 2032 caiu para zero. Porém, os riscos para a Lua estão em alta, segundo análises recentes.

“Apesar da possibilidade ter subido, ainda há 96,2% de chances de que o 2024 YR4 não colida com a Lua”, informou a agência norte-americana em nota.

O diretor do Escritório de Defesa Planetária da ESA, Richard Moissl, afirmou à AFP que os cálculos feitos pela NASA coincidem com os da agência europeia. “A estimativa gira em torno de 4%”, disse.

Os novos dados do Webb também ajudaram a definir o tamanho do asteroide, que antes variava entre 40 e 90 metros. Ao ultrapassar os 50 metros, ele atinge o limite necessário para ativar planos internacionais de defesa planetária.

Segundo Moissl, se houvesse mais de 1% de risco de colisão com a Terra, “missões para desviar o objeto já estariam sendo preparadas neste momento”.

Em 2022, a missão DART da NASA testou com sucesso a mudança da rota de um asteroide inofensivo ao colidir uma sonda contra ele.

Agora, cientistas esperam poder observar um impacto lunar em tempo real. “Seria um experimento único do ponto de vista científico”, disse Moissl.

Mark Burchell, da Universidade de Kent, afirmou à New Scientist que o fenômeno seria visível até por binóculos.

Alan Fitzsimmons, da Queen’s University Belfast, concluiu: “Tomara que atinja a Lua. Teremos a chance de ver uma cratera lunar se formando com origem conhecida”.