Com Milei, pobreza na Argentina cai para 38,1%

O governo anterior, de Alberto Fernández, deixou a pobreza em 41,7% – cerca de 19,5 milhões de pessoas.


O primeiro ano do governo de Javier Milei, marcado pela eliminação de regulações, ajuste do câmbio e das tarifas e redução nos gastos, terminou com um índice de pobreza inferior ao deixado por Alberto Fernández e Cristina Kirchner. Esse resultado se deve à desaceleração da inflação, à melhora da renda e de alguns setores econômicos e à relativa estabilidade do emprego. A Pesquisa Permanente de Domicílios (EPH) do Indec apontou que a pobreza fechou 2024 em 38,1%. Isso equivale a 17,9 milhões de pessoas em situação de pobreza, considerando a projeção para todo o país. No primeiro semestre do ano, a taxa havia sido de 52,9%.

O governo anterior, de Alberto Fernández, deixou a pobreza em 41,7% – cerca de 19,5 milhões de pessoas – em meio ao maior aumento de preços em mais de três décadas, num cenário em que o fenômeno do “trabalhador pobre” se tornava cada vez mais comum. Isso significa que há aproximadamente 1,6 milhão de pessoas a menos nessa condição em relação ao final de 2023 e cerca de 7 milhões a menos em comparação ao primeiro semestre de 2024.

O número de pessoas abaixo da linha da indigência caiu significativamente. Ao final de 2024, estava em 6,4%, o que representa aproximadamente 3 milhões de indivíduos. No primeiro semestre, havia subido para 13,6%, enquanto no fim de 2023 era de 8,7%. Ainda assim, mais da metade das crianças entre 0 e 14 anos vivem na pobreza na Argentina. Especificamente, 51,9% (cerca de 5,7 milhões) dos jovens estão nessa condição, um índice inferior aos 58,4% registrados no ano anterior.

O maior percentual de pessoas em situação de pobreza foi observado em Gran Resistencia, onde atingiu 60,8%. Em seguida, vieram Concordia (57,1%), Santiago del Estero-La Banda (48,6%) e Formosa (46,2%). Nos distritos da Grande Buenos Aires, a taxa foi de 42,1%.

Logo após a divulgação dos dados pelo Indec, o governo celebrou a “queda expressiva” registrada entre julho e dezembro do ano passado, atribuindo o feito às reformas econômicas promovidas pelo presidente Javier Milei.

“A pobreza sem precedentes deixada pela administração de Alberto Fernández, Cristina Kirchner e Sergio Massa, que atingiu um pico de 52,9% na primeira metade de 2024, foi reduzida para 38,1% no segundo semestre, enquanto a indigência caiu de 18,1% para 8,2%, como resultado direto do combate à inflação liderado pelo presidente Javier Milei, além da estabilidade macroeconômica e da eliminação de barreiras que por anos limitaram o crescimento econômico da Argentina”, destacou o comunicado da Casa Rosada.

“Esses indicadores evidenciam o fracasso das políticas anteriores, que empurraram milhões de argentinos para a vulnerabilidade enquanto pregavam que estavam ajudando os mais necessitados, quando na realidade a pobreza só aumentava. A atual gestão demonstra que o caminho da liberdade econômica e do equilíbrio fiscal é a estratégia correta para reduzir a pobreza a longo prazo”, concluiu a nota, acrescentando que o governo pretende aprofundar essa trajetória.