O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (28) que os Estados Unidos irão ajudar na resposta ao terremoto devastador que atingiu Mianmar e a Tailândia. O tremor matou pelo menos 150 pessoas e deixou muitas outras soterradas sob os escombros de arranha-céus. Trump comentou: “Nós vamos ajudar. Já alertamos as pessoas. Sim, é terrível o que aconteceu.”
No entanto, os efeitos dos cortes profundos feitos pelo governo Trump na assistência externa, por meio da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) e do Departamento de Estado, podem ser testados na resposta a esse grande desastre natural. Sarah Charles, ex-autoridade sênior da USAID, afirmou que o sistema de resposta a desastres está “em ruínas”, sem pessoal e recursos para agir rapidamente. “Faltam pessoas e recursos para retirar sobreviventes e salvar vidas”, disse.
A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, declarou que o governo usará relatórios da região para moldar a resposta ao terremoto. Ela explicou que a USAID manteve uma equipe de especialistas em desastres para fornecer assistência imediata, incluindo alimentos e água potável. Contudo, os cortes significativos afetaram a capacidade de ação.
Além disso, o Secretário de Estado Marco Rubio e Jeremy Lewin, da USAID, notificaram a equipe e o Congresso sobre a demissão da maioria dos funcionários restantes da agência e a transferência de programas para o Departamento de Estado. Os cortes, que incluem demissões em massa e rescisões de contratos, colocaram o trabalho global de ajuda em crise.
Em desastres anteriores, como o terremoto de 2023 na Turquia e Síria, equipes civis apoiadas pela USAID partiram rapidamente para ajudar. No entanto, acredita-se que os cortes afetaram contratos vitais, dificultando a resposta eficaz.
MILHARES DE MORTOS
O número de mortos pelo terremoto de magnitude 7,7 que atingiu o centro de Mianmar pode ultrapassar 10.000, conforme estimativas do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), divulgadas nesta sexta-feira.
O USGS emitiu um alerta vermelho para as fatalidades do terremoto, indicando um “grande número de vítimas e danos extensivos”.
Até o momento, o governo militar do país reportou a morte de pelo menos 144 pessoas. No entanto, espera-se que esse número aumente à medida que os escombros sejam removidos e mais corpos sejam recuperados.