Ataque retaliatório dos Houthis contra navios dos EUA falha e não atinge alvos

A retaliação Houthi seguiu-se a uma onda de ataques dos EUA no Iêmen desde sábado (15).


Os Houthis lançaram mísseis e drones contra embarcações da Marinha dos EUA no Mar Vermelho, mas nenhum atingiu os alvos, confirmou uma autoridade americana à emissora ABC News. A ação foi uma resposta aos ataques aéreos lançados pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra o grupo iemenita.

No domingo (16), os Houthis declararam ter disparado “18 mísseis balísticos e um drone” contra o grupo de porta-aviões USS Harry S. Truman, em dois ataques distintos. Segundo o grupo, a ofensiva “frustrou um ataque hostil que o inimigo planejava contra nosso país”.

Entretanto, uma fonte dos EUA disse que os Houthis dispararam 11 drones e um míssil balístico, mas nenhum representou ameaça real. “Todos os drones foram abatidos por caças — 10 pela Força Aérea e um pela Marinha”, afirmou. O míssil balístico caiu longe das embarcações.

A retaliação Houthi seguiu-se a uma onda de ataques dos EUA no Iêmen desde sábado (15). Trump classificou a operação como “ação militar decisiva e poderosa” contra os Houthis, que têm atacado navios ocidentais e lançado munições contra Israel desde 2022.

“Eles travaram uma campanha de pirataria, violência e terrorismo contra navios, aeronaves e drones americanos e de outros países”, postou Trump no Truth Social em 15 de março. “Usaremos força letal esmagadora até atingirmos nosso objetivo.”

Uma autoridade dos EUA confirmou que forças aéreas e navais destruíram dezenas de alvos Houthi, incluindo mísseis, radares e sistemas de defesa aérea, enviando uma “mensagem forte ao Irã”.

O Ministério da Saúde do Iêmen informou que os ataques americanos mataram 53 pessoas e feriram 98.

Trump declarou no Força Aérea Um que não teme retaliações. O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Mike Waltz, afirmou à ABC que a resposta foi “esmagadora” e que mirou a liderança Houthi, responsabilizando também o Irã.

Os Houthis reiteraram que continuarão impedindo navios israelenses até que o bloqueio à Faixa de Gaza seja suspenso.