A Universidade Columbia, em Nova York, anunciou na quinta-feira (13) novas punições a alunos envolvidos em protestos pró-Palestina no ano passado. As manifestações, motivadas pela guerra entre Israel e Hamas, foram parte da maior onda de protestos estudantis nos EUA desde 2020.
O conselho judicial da instituição aplicou suspensões, expulsões e revogação temporária de diplomas como resposta à ocupação do Hamilton Hall, prédio que foi renomeado pelos manifestantes como “Hind Hall”, em homenagem a Hind Rajab, menina palestina morta no conflito.
Os protestos se espalharam por universidades dos EUA e foram alvo de críticas, sendo associados a episódios de violência e alegações de antissemitismo. O governo Trump acusa os atos de incluírem apoio ao Hamas e assédio a estudantes judeus.
A universidade não revelou nomes nem a quantidade de alunos punidos, citando leis de privacidade. No entanto, Mahmoud Khalil, um dos líderes dos protestos, foi preso no último sábado (8), após Trump afirmar que deportaria estudantes estrangeiros envolvidos nas manifestações.
Khalil, residente legal nos EUA e casado com uma cidadã americana grávida de oito meses, entrou com ação judicial para impedir que Columbia compartilhe registros disciplinares com um comitê da Câmara dos EUA liderado por republicanos. Sua defesa também pede sua libertação de um centro de detenção na Louisiana, alegando que a prisão foi motivada por sua defesa da liberdade de expressão.
Na semana passada, o governo Trump anunciou o cancelamento de cerca de US$ 400 milhões em subsídios para a universidade, citando assédio antissemita no campus. Após a prisão de Khalil, Trump declarou: “Esta é a primeira de muitas”.
O presidente americano ainda afirmou que muitos dos manifestantes “não são estudantes, são agitadores pagos” e prometeu deter e deportar simpatizantes do Hamas.