Kremlin insiste em exigências maximalistas, prolongando negociações e aumentando tensão com o Ocidente

A retórica confiante de Moscou é reforçada por seus recentes ganhos no campo de batalha.


Observadores acreditam que Vladimir Putin está determinado a apresentar uma série de exigências maximalistas antes de concordar com qualquer cessar-fogo, o que provavelmente prolongará as negociações.

Essas demandas podem incluir a desmilitarização da Ucrânia, o fim da ajuda militar ocidental e um compromisso de manter Kiev fora da OTAN. Moscou também pode pressionar por uma proibição de mobilizações de tropas estrangeiras na Ucrânia e pelo reconhecimento internacional das reivindicações de Putin sobre a Crimeia e as quatro regiões ucranianas que a Rússia anexou em 2022.

Putin também pode rever algumas de suas demandas mais amplas de 2021, que vão além da Ucrânia, incluindo um apelo para que a OTAN interrompa o envio de armas aos estados-membros que aderiram depois de 1997, quando a aliança começou a se expandir para antigos países comunistas.

Muitos na Europa temem que essas condições para a paz possam enfraquecer a capacidade do Ocidente de aumentar sua presença militar e permitir que Putin expanda sua influência pelo continente.

A retórica confiante de Moscou é reforçada por seus recentes ganhos no campo de batalha.

Nesta quinta-feira (13), o Kremlin afirmou que suas forças estavam nos estágios finais de expulsar o exército ucraniano da região de Kursk, onde Kiev havia tomado território russo no ano passado na esperança de usá-lo como alavanca nas negociações de paz.

Questionado sobre o cessar-fogo, Putin agradeceu a Trump por dedicar atenção a essa questão.

“Concordamos com a proposta de cessar-fogo para cessar as hostilidades, mas partimos do fato de que esse cessar-fogo deve levar a uma paz duradoura e deve remover as causas raízes desta crise”, disse ele.

Putin também relembrou sua visita a Kursk ontem, onde declarou: “A situação está totalmente sob nosso controle, e o grupo que invadiu nosso território foi totalmente isolado”.

Ele afirmou que as tropas ucranianas não podem mais deixar a área e terão que “se render ou morrer”.