Coreia do Norte revela, pela 1ª vez, submarino nuclear em construção

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, visitou os estaleiros e inspecionou os projetos das embarcações navais.


A Coreia do Norte revelou, pela primeira vez, imagens de um submarino movido a energia nuclear em construção, divulgadas pela mídia estatal no sábado (8). O líder norte-coreano, Kim Jong-un, visitou os estaleiros e inspecionou os projetos das embarcações navais.

De acordo com a televisão estatal KRT, Kim enfatizou a importância do fortalecimento do poder naval durante a visita. “Os armamentos nucleares são cruciais para a soberania do país”, afirmou, ressaltando que o país é limitado pelo mar nos lados leste e oeste. Ele ainda disse que a Coreia do Norte não toleraria atividades militares marítimas e subaquáticas realizadas por inimigos, como implantações de ativos estratégicos.

Kim acrescentou que sua defesa marítima não seria limitada a uma área específica, mas se estenderia por onde fosse necessário para garantir a paz. Em fevereiro, o líder reafirmou a “política inabalável” de avançar as forças nucleares, conforme reportado pela KRT.

Os submarinos nucleares, movidos por reatores que convertem água em vapor de alta pressão para gerar energia, podem ser de ataque ou mísseis balísticos, conhecidos como “boomers”, com armas nucleares. Em 2023, a Coreia do Norte lançou seu primeiro submarino tático de ataque nuclear, enviando-o para a frota que patrulha as águas entre a península coreana e o Japão, conforme confirmado pela mídia estatal.

Analistas sugeriram que o novo submarino seria uma versão modificada da classe Romeo da era soviética, que a Coreia do Norte adquiriu da China nos anos 70. O projeto, com 10 escotilhas de lançamento, indicaria que ele estaria armado com mísseis balísticos e de cruzeiro. No entanto, especialistas alertaram que esses submarinos são relativamente barulhentos e lentos, o que pode comprometer sua sobrevivência em um conflito.

Os programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte são proibidos pelas resoluções do Conselho de Segurança da ONU, e o lançamento do submarino em 2023 gerou condenações da Coreia do Sul e do Japão.