O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,4% em 2024, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (7). Em valores nominais, a economia brasileira movimentou R$ 11,7 trilhões no ano.
O desempenho foi superior ao de 2023, quando a atividade cresceu 2,9%, mas ficou abaixo da projeção do mercado, que esperava uma alta de 4,1%.
Nos últimos três meses do ano, a economia avançou apenas 0,2%, indicando desaceleração frente aos trimestres anteriores.
SETORES EM DESTAQUE
O crescimento da economia foi impulsionado pelos serviços, que avançaram 3,7%, e pela indústria, com alta de 3,3%. No entanto, a agropecuária registrou queda de 3,2% no ano.
No consumo, as famílias aumentaram os gastos em 4,8%, enquanto o governo elevou suas despesas em 1,9%. Já os investimentos tiveram crescimento expressivo de 7,3%.
As exportações avançaram 2,9%, enquanto as importações cresceram 14,7%, resultado que impactou negativamente a balança comercial.
Os serviços e a indústria foram os principais motores da economia. O comércio teve alta de 3,8%, mesmo percentual da indústria de transformação. Já as outras atividades de serviço cresceram 5,3%.
Juntas, essas áreas responderam por quase metade da expansão do PIB, segundo a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Entretanto, no último trimestre, os serviços cresceram apenas 0,1%, após altas mais robustas nos períodos anteriores: 0,7% no terceiro trimestre, 1,6% no segundo e 0,9% no primeiro.
A indústria também desacelerou. No quarto trimestre, cresceu 0,3%, depois de avanços de 1,0% no terceiro, 0,7% no segundo e 0,5% no primeiro.
A agropecuária sofreu forte impacto ao longo do ano. Após crescer 5,8% no primeiro trimestre, encolheu 2,3% no segundo, 1,1% no terceiro e voltou a cair 2,3% no quarto trimestre.