O chefe da OTAN, Mark Rutte, afirmou no sábado (1º) que exortou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a restaurar sua relação com Donald Trump após a discussão entre os dois líderes na Casa Branca.
O encontro, ocorrido na sexta-feira (28), foi classificado por Rutte como “infeliz” e levou o relacionamento entre Kiev e seu maior apoiador militar ao pior patamar até agora.
“Eu disse: acho que você precisa encontrar uma maneira, caro Volodymyr, de restaurar seu relacionamento com Donald Trump e o governo norte-americano. Isso é importante para o futuro”, declarou Rutte à emissora britânica BBC.
O chefe da OTAN lembrou que Trump forneceu mísseis antitanques à Ucrânia em 2019, permitindo que o país resistisse à invasão russa.
“Sem os mísseis, em 2022, quando a invasão total começou, a Ucrânia não estaria em lugar algum”, disse Rutte. “Realmente precisamos dar a Trump o crédito pelo que fez, pelo que os Estados Unidos fizeram e pelo que ainda estão fazendo.”
Rutte evitou comentar as acusações feitas por Trump e Zelensky no encontro. Ele reforçou que os EUA seguem comprometidos com a OTAN e seu princípio de defesa mútua.
O chefe da aliança chamou Trump de “amigo”, mas não respondeu diretamente se o presidente americano estava certo ao afirmar que Zelensky apostava na Terceira Guerra Mundial e que a Ucrânia precisava de um acordo com os EUA.
“Estou absolutamente convencido de que os EUA querem levar a Ucrânia para uma paz duradoura”, afirmou Rutte.
Questionado se os aliados da OTAN cobririam um possível recuo dos EUA no apoio militar à Ucrânia, Rutte desconversou.
“Vamos para além dessa pergunta. É crucial que permaneçamos nisso juntos: os EUA, a Ucrânia, a Europa, e que levemos paz à Ucrânia. E é exatamente por isso que o presidente Trump está lutando, que todos estamos lutando.”