O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na sexta-feira (28) um decreto que estabelece o inglês como idioma oficial do país, com o objetivo de “promover a unidade” nacional, conforme informações de um alto funcionário da Casa Branca à Reuters.
Esta será a primeira vez que os EUA terão uma língua oficial em nível federal. A medida revogará um mandato do ex-presidente Bill Clinton que exigia que agências federais fornecessem assistência linguística a pessoas que não falam inglês. Agora, essas agências terão a discricionariedade de oferecer serviços em outros idiomas conforme julgarem necessário.
Embora o inglês seja amplamente utilizado no país, os EUA nunca tiveram uma língua oficial em âmbito federal. A questão tem sido motivo de debate em alguns estados, especialmente devido ao uso do espanhol na vida pública. Em 2011, no Texas, um senador estadual exigiu que um ativista dos direitos dos imigrantes falasse em inglês durante uma audiência legislativa, reacendendo discussões sobre a adequação do uso do espanhol em estados com significativas populações hispânicas.
A decisão de Trump é apoiada por muitos legisladores republicanos, que veem a medida como uma forma de fortalecer a identidade nacional dos EUA. No entanto, críticos argumentam que a oficialização do inglês pode marginalizar comunidades de imigrantes e aumentar tensões em estados onde o espanhol e outras línguas desempenham papéis culturais e históricos significativos.
A implementação da política ainda enfrenta incertezas e pode encontrar desafios práticos e legais, especialmente em áreas com grandes populações não anglófonas. Observadores apontam que, embora a medida busque promover a unidade, é crucial considerar a diversidade linguística que caracteriza a nação.