EUA e Ucrânia firmam acordo sobre minerais, mas sem garantias de segurança de Washington

O acordo não garante segurança dos EUA ou um fluxo contínuo de armas para Kiev.


Os Estados Unidos e a Ucrânia chegaram a um rascunho de acordo sobre minerais essenciais para a iniciativa de Kiev de obter apoio contínuo de Washington enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, busca encerrar rapidamente a guerra com a Rússia. O acordo não garante segurança dos EUA ou um fluxo contínuo de armas, mas afirma que os EUA querem que a Ucrânia seja “livre, soberana e segura”, disseram fontes à agência Reuters na terça-feira (25).

Uma das fontes afirmou que futuras remessas de armas ainda estão sendo discutidas entre os dois países. Trump, por sua vez, comentou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, planeja ir a Washington na sexta-feira para assinar um “acordo muito grande”, após os dois líderes trocarem palavras hostis na semana passada.

Trump também mencionou a necessidade de tropas de manutenção da paz na Ucrânia se um acordo de paz for alcançado. Moscou, que invadiu a Ucrânia há três anos, se recusou a aceitar forças da OTAN no território ucraniano, enquanto alguns países europeus se mostraram dispostos a enviar tropas.

A pressa de Trump em encerrar a guerra gerou preocupações sobre possíveis concessões dos EUA a Moscou, o que poderia afetar a segurança da Ucrânia e da Europa. Trump chamou Zelensky de “ditador” e afirmou que ele precisava de um acordo rápido ou perderia seu país, o que foi rebatido por Zelensky como uma “bolha de desinformação”.

O acordo também pode abrir a vasta riqueza mineral da Ucrânia para os EUA. Segundo o rascunho, os dois países estabeleceriam um Fundo de Investimento para Reconstrução, com a Ucrânia contribuindo com 50% da receita dos recursos naturais até atingir US$ 500 bilhões. Os EUA comprometeriam investimentos para uma “Ucrânia estável e economicamente próspera”.