A avaliação do governo federal e a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caíram, conforme a 163ª rodada da Pesquisa CNT de Opinião, divulgada na terça-feira (25) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). O índice de aprovação de Lula caiu de 50% para 40,5%, enquanto a desaprovação subiu de 46% para 55%, registrando um aumento de 9 pontos percentuais.
Em relação ao governo federal, a avaliação negativa cresceu 13 pontos percentuais em comparação com a pesquisa de novembro de 2024, passando de 31% para 44%. A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 23 de fevereiro, com 2.002 pessoas entrevistadas. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Além disso, a aprovação do terceiro mandato de Lula, conforme dados do DataFolha, caiu de 35% em dezembro para 24% em fevereiro, o menor índice de aprovação nos três mandatos do petista. Para tentar reverter essa desaprovação, o presidente aposta em uma agenda de viagens e anúncios de investimentos. A equipe de Lula atribui a queda na popularidade à “crise do Pix”.
Lula tem planos de viajar mais em 2025, com visitas previstas ao Espírito Santo, Santa Catarina e Bahia. A variação de desaprovação em relação à última pesquisa CNT, de novembro de 2024, foi de 9 pontos percentuais, enquanto a aprovação recuou 10 pontos percentuais.
A avaliação do governo federal, segundo os entrevistados, é predominantemente negativa, com 44% de avaliações “ruim/péssima”. Entre as áreas analisadas, a economia obteve a pior avaliação, com 32%. Já a ajuda aos mais pobres (22%), a educação (13%) e as relações internacionais (11%) foram as áreas com melhor desempenho.
O diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, afirmou que “o governo está em um momento de bastante pressão”, destacando a questão inflacionária e a elevação dos preços como fatores que têm influenciado a avaliação negativa. Marcelo Costa Souza, diretor-executivo do Instituto MDA Pesquisa, explicou que a queda na aprovação está relacionada à agenda econômica. Embora a alta da desaprovação seja notável, ele enfatizou que “ainda é muito cedo” para afirmar que Lula manterá índices baixos até o fim de seu mandato em 2026.