Grandes telescópios ao redor do mundo seguem monitorando o asteroide “2024 YR4” antes que ele desapareça da vista na primavera americana, a partir de março. As chances de impacto aumentaram, mas os cientistas também estão refinando a precisão de sua órbita.
Atualmente, a probabilidade de colisão com a Terra é de “3,1%” — uma em “32” — segundo Teddy Kareta, especialista do Observatório Lowell, no estado americano de Arizona. A nova estimativa foi feita nesta terça-feira (18).
Em 13 de fevereiro, a chance era de 2,3%. A estimativa inicial, feita semanas atrás, era de 1,2%, e a probabilidade de impacto vem crescendo cada vez mais.
Os escritórios de defesa planetária da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA) fornecem atualizações diárias. Segundo a ESA, as chances de impacto em 2032 são de 2,8%, enquanto a NASA estima pouco mais de 3%.
Nas últimas duas semanas, a probabilidade oscilou em torno de 2%, mas os números podem cair nas próximas semanas.
O Telescópio Espacial James Webb analisará o asteroide com seu Instrumento ‘Mid-InfaRed (MIRI)’, permitindo medir sua energia térmica e obter uma estimativa mais precisa do seu tamanho.
A ESA destaca a importância desse dado: “O perigo representado por um asteroide de 40 metros é muito diferente daquele de um com 90 metros”.
MONITORAMENTO
O asteroide 2024 YR4 desaparecerá da vista nos próximos meses e só será visível novamente em 2028. Até lá, poderosos telescópios terrestres seguem monitorando sua trajetória antes que ele passe atrás do Sol.
Descoberto em 27 de dezembro pelo telescópio ATLAS, no Chile, o asteroide atrai atenção internacional e segue como a maior ameaça na Escala de Risco de Impacto de Torino.
Ainda assim, há uma chance de quase 97% de que ele passe pela Terra sem causar danos em sete anos.
