O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reforçou no domingo (16) a posição de Donald Trump sobre o Hamas e o destino dos palestinos em Gaza. Ele se reuniu em Jerusalém com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e defendeu a proposta de ocupação do território e a realocação da população em países árabes.
Em coletiva de imprensa, Rubio declarou: “O Hamas não pode seguir como força militar ou governamental. Eles devem ser eliminados.” Netanyahu elogiou a ideia, chamando-a de “visão audaciosa” para Gaza, devastada após mais de um ano de ofensiva israelense.
O plano de Trump, no entanto, é amplamente rejeitado pela comunidade internacional, incluindo os países que receberiam os refugiados. Muitos afirmam que a medida constitui um crime de guerra, pois significaria o deslocamento forçado de cerca de 2 milhões de palestinos.
Netanyahu afirmou que Israel e os EUA compartilham uma “estratégia comum” e prometeu trabalhar para concretizar essa visão. “Os palestinos devem ter a escolha de sair se quiserem”, disse.
Enquanto isso, o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, reiterou que a criação de um Estado palestino é “a única garantia” de paz duradoura no Oriente Médio. Washington afirmou estar aberto a propostas árabes, mas garantiu que, por ora, “o único plano é o de Trump.”
A visita de Rubio ocorre após a libertação de três reféns israelenses capturados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, trocados por 369 prisioneiros palestinos. Foi a sexta troca desde a trégua iniciada em 19 de janeiro.
Netanyahu alertou que Israel abrirá “as portas do inferno” em Gaza se todos os reféns não forem devolvidos. Trump já havia feito ameaça semelhante.
O gabinete do premiê informou que negociadores israelenses viajarão ao Cairo nesta segunda (17) para discutir a “implementação contínua” do cessar-fogo.
Outro tema central do encontro foi o Irã, inimigo comum de Israel e EUA. Netanyahu declarou: “Nos últimos 16 meses, Israel desferiu um duro golpe ao acesso terrorista do Irã. Sob a forte liderança de Trump, concluiremos esse trabalho.”
Na mesma noite, Israel recebeu um carregamento de bombas fabricadas nos EUA.