Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou neste domingo (9) que revelará, na segunda-feira (10), tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio.
Em 2023, o Brasil foi o terceiro maior fornecedor de aço aos EUA, segundo o Departamento de Comércio americano, ficando atrás de Canadá e México.
Durante seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas de 25% ao aço e 10% ao alumínio. Na época, o Instituto Aço Brasil alertou para “o desligamento de fornos e demissões” no setor.
Mais tarde, no entanto, as sobretaxas foram revogadas para o Brasil e outros parceiros, como Canadá, México, União Europeia e Reino Unido.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio informou que não irá se manifestar sobre a nova promessa de Trump.
Desde que reassumiu a presidência, o republicano tem anunciado tarifas sobre produtos estrangeiros. Os primeiros alvos foram Canadá, México e China.
Trump também prometeu novas tarifas contra a União Europeia, ampliando o impacto de suas medidas protecionistas.
O Brasil, que responde por 1,3% das importações americanas, ficou de fora da primeira rodada de tarifas.
Especialistas alertam, porém, que o país pode ser afetado por medidas direcionadas a setores estratégicos, como o siderúrgico.
“Quando olhamos para o passado, vemos muita pressão de diversos setores, especialmente o siderúrgico, que produz um dos principais produtos importados pelos EUA”, afirmou Lia Valls, pesquisadora associada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e professora da UFRJ.
As declarações de Trump foram feitas a jornalistas no Air Force One, durante viagem a Nova Orleans, onde assistiria ao Super Bowl, a final do futebol americano.