Um tiroteio em um centro de educação para adultos na cidade sueca de Orebro deixou 11 mortos na terça-feira (4), informou a polícia local.
O ataque, o mais mortal da história do país, foi classificado como um “dia doloroso” pelo primeiro-ministro Ulf Kristersson.

O atirador está entre os mortos, e as autoridades seguem investigando o caso. “Sabemos que cerca de 10 pessoas foram mortas aqui hoje. A razão pela qual não podemos ser mais exatos atualmente é que a extensão do incidente é muito grande”, disse o chefe de polícia Roberto Eid Forest.
Mais tarde, a polícia atualizou o número de vítimas para “11” e afirmou que ainda não há informações sobre o estado dos feridos. O motivo do ataque segue desconhecido.
Forest declarou que o suspeito não era conhecido pela polícia e que terrorismo não é a principal hipótese, embora a investigação continue. “Temos uma grande cena de crime. Há uma série de passos investigativos que estamos tomando: um perfil do perpetrador, entrevistas com testemunhas”, explicou.
A escola Risbergska atende adultos que não concluíram sua formação, muitos deles imigrantes que buscam qualificação para o mercado de trabalho enquanto aprendem sueco. O campus também abriga escolas para crianças.
Ali Elmokad, do lado de fora do Hospital Universitário de Orebro, buscava informações sobre um parente. “Tentamos falar com ele o dia todo, mas não tivemos sucesso”, disse.
Uma amiga sua testemunhou o massacre. “Ela só viu pessoas caídas no chão, feridas e com sangue por todo lado.”
A polícia realizou buscas em vários endereços. À noite, agentes cercaram um prédio residencial no centro de Orebro. “Vimos muitos policiais com armas em punho”, relatou o morador Lingam Tuohmaki.
O primeiro-ministro lamentou o ataque. “É difícil compreender toda a extensão do que aconteceu hoje — a escuridão que agora se abate sobre a Suécia esta noite.”
O rei Carl XVI Gustav expressou pesar. “É com profunda tristeza e consternação que minha família e eu recebemos as notícias sobre a terrível atrocidade em Orebro.”
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou solidariedade: “Nesta hora sombria, estamos ao lado do povo sueco.”
A Suécia enfrenta uma onda de crimes violentos ligados a gangues, tornando-se o país da União Europeia com a maior taxa per capita de violência armada. No entanto, ataques em escolas são raros.

Entre 2010 e 2022, “10 pessoas” morreram em sete ataques fatais em escolas suecas, segundo o Conselho Nacional para Prevenção ao Crime.
O país tem altos índices de posse de armas, principalmente para caça, mas o aumento da criminalidade destacou o crescimento das armas ilegais.
Em 2015, um agressor mascarado matou um assistente de ensino e um estudante em um ataque motivado por racismo. Dois anos depois, um homem matou “cinco pessoas” ao atropelar pedestres com um caminhão em Estocolmo.