O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou nesta segunda-feira (3) um acordo com o presidente dos EUA, Donald Trump, para suspender tarifas comerciais por 30 dias.
Na sexta-feira (31), Washington impôs tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México e 10% sobre a China. No sábado, Trudeau retaliou, aplicando taxas de 25% sobre bens norte-americanos.
Após uma conversa com Trump, Trudeau afirmou que o Canadá investirá US$ 1,3 bilhão no reforço da fronteira com os EUA para conter o tráfico de fentanil.
“Quase 10 mil funcionários estão atuando na proteção da fronteira”, escreveu Trudeau na rede X. Ele anunciou novas medidas, incluindo um ‘Czar do Fentanil’, vigilância 24 horas, e uma Força-Tarefa Canadá-EUA contra o crime organizado.
“As tarifas propostas serão suspensas por pelo menos 30 dias enquanto trabalhamos juntos”, declarou.
Trump, em sua plataforma Truth Social, elogiou o acordo:
“O Canadá garantiu uma fronteira norte segura para acabar com a praga mortal do fentanil, que mata milhares de americanos.”
Ele reforçou que sua prioridade é proteger os EUA e que as tarifas serão suspensas enquanto negociações avançam.
Horas antes, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, também anunciou um entendimento similar com Trump, pausando as tarifas por um mês.
Sheinbaum afirmou que os países terão três mesas de trabalho:
“Já temos uma mesa sobre imigração. Agora, abrimos mais duas: segurança e comércio. Teremos um mês para buscar o melhor caminho.”
No sábado, Trudeau criticou as tarifas de Trump e incentivou os canadenses a priorizar produtos nacionais e viajar dentro do país.
Ele destacou que as tarifas afetariam setores como cerveja, vinho, bourbon, frutas, roupas, equipamentos esportivos e eletrodomésticos.
O premiê canadense também afirmou que estudava restrições não tarifárias envolvendo minerais críticos, energia e outras parcerias.
A Casa Branca confirmou na sexta-feira que as tarifas entrariam em vigor no sábado (1º), caso não houvesse acordo.
Agora, os próximos 30 dias serão decisivos para definir o futuro das relações comerciais entre os países.